quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Qual o nível ideal de financiamento que as empresas devem seguir?

De forma simplória, é possível afirmar que as fontes de financiamento se restringem ao capital próprio e de terceiros. A conjugação dessas duas variáveis determina a estrutura de capital.

A primeira questão que naturalmente surge nos estudos sobre as fontes de financiamento é a seguinte, há alguma estrutura de capital que maximiza o valor da empresa? A proposição I, de Modigliani e Miller, afirma que nenhuma combinação é melhor do que a outra e que o valor de mercado da empresa é independente da sua estrutura de capital. O embasamento da proposição I de MM consiste no fato de que a alavancagem aumenta a taxa de retorno esperada dos investimentos dos acionistas, porém aumenta o risco das ações da empresa. O aumento do risco é compensado pelo aumento do retorno esperado.

No que diz respeito ao custo médio ponderado de capital, MM afirmaram que quando a empresa altera o conjunto dos seus títulos de dívida e capital próprio, o risco e o retorno esperados desses títulos também se alteram, mas o custo total do capital da empresa não.

A evolução do pensamento de MM deu-se a partir do reconhecimento de que as despesas financeiras provenientes do capital de terceiros podem ocasionar uma economia fiscal, tendo em vista a dedutibilidade da despesa. Por outro lado, surgem as tensões financeiras geradas pelo excesso de endividamento. A teoria do equilíbrio estuda a relação das variáveis de endividamento e economia tributária na busca da maximização do valor da empresa.

 Segundo a teoria, a empresa deveria aumentar o endividamento até que o valor presente dos benefícios fiscais fosse compensado pelo aumento do valor presente dos custos das dificuldades financeiras. Assim sendo, o valor da empresa é composto pelo valor do capital próprio (+) benefício fiscal ( - ) valor das dificuldades financeiras.

O questionamento a partir da teoria do equilíbrio passa ser, qual a proporção de endividamento que maximiza o valor da organização? A resposta é, depende. Para empresas com elevados índices de lucratividade e ativos tangíveis seguros, o alto grau de endividamento é vantajoso. Em oposição, as empresas não lucrativas e com ativos intangíveis com risco deveriam depender basicamente do financiamento por capital próprio.

A teoria de hierarquia das fontes (Packing Order Theory) apregoa que as empresas priorizam o autofinanciamento, assim como preferem o endividamento ao capital próprio, quando é necessário recorrer ao financiamento externo. A hierarquia das fontes obedece então a seguinte ordem: autofinanciamento gerado pela retenção dos lucros, emissão de títulos de dívida e, por fim, emissão de ações.

Ainda de acordo com a teoria do Pecking Order, os gestores conhecem mais sobre as oportunidades, riscos e valores da empresa do que os agentes externos (assimetria). Os gestores privilegiam o financiamento próprio, por meio de políticas de retenção de lucros e dividendos. Caso seja necessário captar de recursos externos, os gestores optam primeiro pela emissão de títulos da dívida, por títulos híbridos e, por fim, pela emissão de novas ações (a decisão de emissão de novas ações comumente é vista com uma má notícia pelos investidores).

Segundo a teoria do Pecking Order, não há um nível de endividamento ideal. De qualquer forma, seguindo o raciocínio lógico, as empresas com alta lucratividade naturalmente terão um menor nível de endividamento em relação àquelas menos lucrativas.

As empresas podem usar cinco diferentes abordagens para determinar a composição de capital próprio e de terceiros: (1) Montante Lucro operacional para determinar o máximo que se pode captar de empréstimo, (2) Redução do custo do capital, (3) retorno diferencial, (4) valor presente ajustado dos benefícios fiscais e custos de falência e, (5) comparação da proporção da dívida e capital próprio com empresas similares.

As empresas que optam por alterar a sua estrutura de capital poderão fazê-lo rapidamente, caso haja pressões externas relevantes. Caso tais pressões não existam, a mudança pode ser feita de forma gradual . As mudanças na estrutura de capital correm de quatro maneiras: recapitalização dos investimentos existentes (utilizar a nova dívida para reduzir o capital próprio), venda dos ativos atuais e uso do recurso obtido para redução do endividamento, investimento em novos projetos usando de forma desproporcional recursos próprios e de terceiros e, finalmente, aumento ou diminuição da porção dos lucros que são distribuídos aos acionistas.

Um comentário:

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